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LITERATURA
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TEATRO
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Você, leitor, conhece Manarairema? Para quem tem alguma intimidade com Manuel Bandeira, a cidadezinha é uma espécie de anti-Pasárgada, pois lá a existência não é uma aventura, não há facilidades da tecnologia como telefone automático, tampouco é lugar com ares utópicos para onde se quereria fugir. Está mais para Macondo, não obstante o famoso romance de García Márquez tenha vindo à luz um ano após A hora dos ruminantes, obra de José J. Veiga, da qual passamos a tratar.

“A cobra grande corta a floresta, em seu trajeto ela engole tudo, gentes, bichos, índios, madeiras, plantas. Ela consome aldeias, vidas. Comandada pelo poderoso homem branco (O General Emílio Garrastazu Médici – então presidente do Brasil) ela devora dinheiro – US$ 1,5 bilhões -, borracha, ouro. Em seu entorno, tentando sobreviver no rastro deixado para trás, o pequeno homem, os ribeirinhos, imigrantes nordestinos colonos se estabelecem aqui e ali. Plantam. O solo é pobre. A erosão causada pelas chuvas, causadas pelo desmatamento lava tudo, corrói.

Pode conferir: a produção cinematográfica de países economicamente avançados possui, de algum modo, relevante participação do Estado. Isso muitas vezes é válido também para outras manifestações da cultura, como o teatro.

Entretanto, cabe uma pergunta: por que isso acontece, se é de se supor que em tais países as regras de mercado funcionam a contento, sem duas perversas características do capitalismo à brasileira - o predatismo e a falta de investimentos no chamado “setor produtivo” em prol de aplicações financeiras?

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ARTES PLÁSTICAS

Em março a Netflix lançou a primeira temporada de Love death + robots, uma antologia animada com 18 episódios curtos, cada qual criado por uma equipe diferente e também com estilos de animação diferentes, mas sempre abordando questões que envolvem o amor, a morte e, claro, robôs e muita ficção científica. Como em qualquer antologia, há os episódios de que gostamos mais e outros de que gostamos menos, mas um em especial eu adorei: Zima blue, adaptação de um conto de Alastair Reynolds que foi publicado em 2006 num livro do autor.

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AS ESCRIVÃS DA FROTA

Foi a pergunta que um amigo me fez e que não soube responder - nem no primeiro segundo, nem no primeiro minuto. Uma escritora deve refletir - especialmente se o medo de descobrir é tão doído quanto o medo de ignorar, especialmente se o medo de lembrar é tão doído quanto o medo de esquecer - de onde viemos, do que somos e para onde vamos. Especialmente na atual conjuntura, em que as grandes livrarias do país entraram em colapso; especialmente se há quem julgue que a resposta ao caos seja armas (e não livros); especialmente se certos jornais tiraram de circulação o caderno de cultura. Qual o lugar da Cultura no Brasil de hoje? A pergunta ecoa. 

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